Ouro Preto. A cidade que conta a história do Brasil

A cidade de Ouro Preto, do Estado brasileiro de Minas Gerais, já em 1933, durante a presidência de Getúlio Vargas (1930–1945, 1951–1954), foi classificada como Monumento Histórico Nacional (em 1937, foi criado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Brasil) e, em 1980, tornou-se parte do Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO. O território do futuro Estado foi coberto por florestas e habitado por tribos indígenas. Mais perto da costa, se estabeleceram os portugueses, que no final do século XVII descobriram depósitos de ouro. O minério de ouro foi revestido com óxido de ferro preto. Foi assim que surgiu o nome da futura cidade — Ouro Preto, na qual viviam os portugueses, os índios que perderam suas terras e os escravos negros que trabalhavam nas minas. Na capital da Capitania portuguesa — Vila Rica De Ouro Preto formou-se um estilo nacional único, foram construídos templos majestosos, edifícios administrativos, combinando em sua arquitetura os estilos barroco e rococó. O trabalho do brilhante arquiteto brasileiro, o escultor Aleijadinho, está associado a Ouro Preto. A riqueza da cidade deu um impulso ao crescimento da identidade nacional. Em 1789, um grupo de conspiradores liderados por Tiradentes começou a operar em Ouro Preto, mas eles foram desmascarados e executados pelas autoridades centrais. Um dos líderes da conspiração foi o famoso poeta Tomás António Gonzaga (1744–1810), cujo poema do livro «Marília de Dirceu» (1792) foi traduzido para o Russo por A.S. Pushkin. As espécies de Ouro Preto foram admiradas pelo primeiro embaixador da Rússia no Brasil (nomeado cônsul geral no Rio de Janeiro em 1812), naturalista e etnógrafo G.I. Langsdorf (1774–1852). A cidade de Ouro Preto é uma história sobre a história do Brasil e sua cultura.